É no confronto com a realidade e iluminado pela Palavra de Deus, que o jovem procura dar uma resposta pessoal a Cristo no processo da descoberta de si mesmo e do amadurecimento pessoal, na vivência da comunidade e na sua participação na sociedade.
Como a realidade da juventude é diversificada, em todos os seus aspectos, a PJ deve organizar, desde a nucleação, um processo de formação integral na fé, com passos pedagógicos apropriados, partindo da realidade e da experiência concreta de cada pessoa e grupo, despertando-se para o seguimento de Jesus Cristo e o compromisso com a causa da libertação dos oprimidos e marginalizados.
A PJ faz as seguintes opções pedagógicas:
1. Grupos de Base
O grupo de jovens é o centro da proposta pedagógica e evangelizadora da Pastoral da Juventude. O grupo de jovens que se reúne, de modo mais ou menos estável, na comunidade paroquial, passando por várias etapas, num processo de formação que o leva a um certo grau de discernimento e amadurecimento de sua vivência pessoal, grupal e comunitário.
De preferência defende-se que sejam grupos pequenos, de 10 a 15 jovens, de ambos os sexos, com idade homogênea, com um nível de participação estável e com um ritmo periódico de reuniões.
É necessário usar uma pedagogia que evite o perigo de fechar-se num "clube" de amigos, que não se abre para a missão no seu meio.
É difícil uma formação progressiva - por etapas - quando está sempre entrando e saindo gente. Portanto, um novo grupo, depois de chegar a certo nível de estabilidade, deve encaminhar novos aspirantes.
Os grupos têm vários modos de ser, mas todos eles passam por "etapas". O grupo não nasce pronto. Como a pessoa, ele precisa ser preparado. Precisa ser gestado para nascer como grupo. Compara-se com as fases do crescimento da pessoa humana, o que facilita a compreensão. São elas:
a) Nascimento e Infância: O jovem está chegando, o grupo está se formando. É preciso ter muita paciência, principalmente os que assessoram e os que coordenam, devem acolher bem o jovem que vem para o grupo. É a descoberta de si mesmo, não distingue o certo e o errado, brinca muito, é frágil e inseguro.
b) Adolescência: Começam os namoros, conflitos, crises e frustrações, ilusões, sonhos e fantasias.Nessa fase também começam a se destacar os jovens que tomam iniciativa e são líderes. Surgem as panelinhas, fazem grupinhos dentro do grupo. Necessitam de uma assessoria serena e constante, porque as crises e variações são muitas.
c) Juventude: O grupo na juventude apresenta-se com maior segurança e estabilidade. Torna-se mais independente, quer viver e descobrir suas forças e valores é aberto e quer assumir compromissos, se sentem unidos. Busca maior vivência Eclesial e aprofundamento da fé .
d) Idade Adulta: Tem como características: responsabilidade, porém na maioria das vezes, quando chega nesse estágio o grupo se dissolve, os jovens tendem a participar de outras organizações eclesiais ou sociais, ou apenas assumem sua vivência em seu dia-a-dia profissional.
2. Formação Progressiva
Formação progressiva trata-se das etapas de crescimento do jovem no grupo.
a) Nucleação: É a fase em que os jovens são convocados para participar de um grupo.
b) Iniciação: são as mais variadas motivações e graus de consciência e adesão a Jesus Cristo.
c) Militância: É a ação eficaz do cristão e seu compromisso, seu testemunho, sua luta, sua atuação concreta no mundo e na própria Igreja.
3. Formação Integral;
a) Personalização: É a dimensão da relação do jovem consigo mesmo. É a busca à pergunta: "Quem sou eu?" Nesta dimensão, o jovem precisa acolher a própria vida, busca de sentido da vida e opções de valores.
b) Socialização: Corresponde à dimensão social, a necessidade de realizar-se como pessoa na relação com o outro. O jovem começa a fazer a experiência de um relacionamento mais consciente com a família, com o grupo...
c) Consciência Crítica: corresponde à dimensão da socialização da inserção do jovem na sociedade.Capacita o jovem para ser cidadão consciente, sujeito da história nova, com participação crítica em favor da justiça e da vida digna para todos.
d) Espiritualidade: esta dimensão trata da vivência e fundamentação da fé do jovem, do encontro com a Pessoa de Jesus Cristo, sua prática, seu Projeto e Seguimento em comunidade.
e) Capacitação: Para que sua ação seja eficaz, precisa entrar num processo de formação permanente, que lhe garanta a aquisição de técnicas e de competência educativa profissional para assumir tarefas de coordenador de grupos jovens, de comunicador da mensagem de Jesus
Cristo e de formador de lideranças.
4. Diversidade das Pastorais da Juventude
Para contemplar os mais variados modos de expressão da juventude foi criado as pastorais específicas.
PJ – Grupos de jovens nas comunidades eclesiais de base
PJE – Grupos de jovens nas escolas
PJR – Grupos de jovens no meio rural
PJMP – Grupos de jovens nos meios populares
5. Organização
A pastoral da juventude tem como prioridade à organização de base. A partir do grupo de jovens, forma-se a organização comarcal, diocesana, estadual e nacional.
6. Assessoria
"O jovem, embora protagonista, não caminha sozinho..."a palavra "assessor" vem do latim "sedere ad", que significa "sentar-se junto a". Dá a idéia de motivar, acompanhar, orientar e integrar a contribuição e a participação dos jovens na Igreja e na Sociedade e proporcionar a acolhida desta ação juvenil na comunidade.
quarta-feira, 23 de abril de 2008
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