A história da PJ no Brasil começa em 1933, com a Ação Católica, criada pelo Papa Pio XI e implantada em nossa terra por D. Leme, Bispo do Rio de Janeiro. Mas iniciada mesmo por D. Helder Câmara, que foi Arcebispo de Olinda e Recife durante os tempos mais difíceis da Ditadura Militar - (em 1947, é nomeado 1°Assessor Nacional do Movimento). A Ação Católica teve grande influência na formação dos jovens católicos. Foi uma iniciativa tímida. Em que uma Igreja Clerical ensaiava os seus primeiros passos para abrir-se para a participação dos leigos.
Numa segunda fase, a Ação Católica especializada se desenvolve, sobre a orientação do Papa Pio XII. Propõe uma metodologia a partir da vida do jovem, que exige que o jovem tenha uma atuação concreta no seu meio. A partir desta metodologia surge a Juventude Operária Católica (JOC). A experiência se estende a outros setores: Juventude Universitária Católica (JUC), Juventude Estudantil Católica (JEC), Juventude Agrária Católica (JAC) e Juventude Independente Católica (JIC).
A prática visava a mudança social, à luz da fé. A Espiritualidade é de renovação.
Durante o Governo do General Médici, a repressão atinge duramente os jovens organizados.
A Ação Católica morre como corpo organizado, mas nos anos seguintes nasceu uma nova Igreja.
Nos primeiros anos da década de 70 não havia possibilidade de se organizar uma pastoral mais crítica com a juventude, devido à censura e à repressão política. Dentro deste contexto, nasce uma nova maneira de trabalhar com os jovens: os Movimentos de Encontro (TLC, Emaús, Shalom,...)
Os Movimentos reuniam jovens para encontros de fim de semana, usando uma metodologia que se inspirava nos Cursilhos de Cristandade. Eram encontros coordenados por adultos. O modelo organizativo passa a ser o "grupão".
As dificuldades apareciam depois do encontro. Os Movimentos não sabiam o que fazer com os jovens depois de "despertados".
Esses encontros tiveram seu lado positivo: aproximaram os jovens dos padres e dos religiosos e apresentaram um modelo de Igreja mais atraente.
Os encontros também provocaram o surgimento de grande número de grupos de jovens nas Paróquias. Estes foram à base para a etapa seguinte: o nascimento da Pastoral Orgânica de Juventude.
Final dos anos 70 e anos 80: resistência e democracia. Os jovens são os primeiros a irem para as ruas para exigir a volta do Estado de Direito. As Igrejas abrem as portas e inicia-se a transição pela democracia a opção da Igreja pelos pobres tornou-se mais concreta e profética.
A Igreja começa a se deslocar para a periferia.
Nesse contexto nasce a Pastoral da Juventude.
Alguns fatores influíram na criação da PJ:
· limitações dos movimentos de encontro;
· necessidade de uma pastoral libertadora;
· dispersão e isolamento dos grupos de jovens;
· faltavam objetivos comuns para canalizar as energias numa mesma direção;
· a PJ assume um processo de planejamento participativo , a partir da realidade;
A PJ firmou-se rapidamente, iniciando pelas bases, teve início um processo de fortalecimento da organização em todos os níveis: paroquial, diocesano, regional e nacional, pelo método ver, julgar, agir e buscando a formação integral dos jovens.
quarta-feira, 23 de abril de 2008
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