Aconteceu, nos dias 04, 05 e 06 de junho, em Goiânia, o 3º Simpósio Internacional da Juventude Brasileira – JUBRA, promovido pela Casa da Juventude Pe. Burnier, Universidade Católica de Goiás, Universidade Federal de Goiás, Universidade Estadual de Goiás, Fundação Aroeira e a Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Congregando professores/as, pesquisadores/as, estudantes e profissionais de diferentes áreas do conhecimento e de atuação, o evento quis reconhecer, trazer à discussão e tematizar adolescência e juventude em diferentes campos do conhecimento.
Este foi um momento privilegiado de reflexão, em torno de sujeitos que historicamente, na sociedade, são preteridos em seus direitos fundamentais.
No dia 06 de junho, aconteceu, em Goiânia, o encerramento do Simpósio Internacional de Juventude Brasileira - JUBRA, com a conferência “Juventudes no Mundo Contemporâneo: Desafios e Perspectivas”, ministrada pela professora doutora Marília Pontos Spósito, coordenadora da área da Sociologia da Educação da USP, presidente da Comissão de Pesquisa da FEUSP e membro da Diretoria da Ação Educativa.
Segundo Spósito, está acontecendo, no Brasil, um rejuvenescimento da pós-graduação, já que os/as pesquisadores/as estão cada vez mais jovens. Outro dado importante é que, mesmo que a juventude esteja fazendo parte dos temas das pesquisas atuais, ainda é insipiente o número de produções neste campo.
Este dado pode ser verificado em uma pesquisa da professora, junto com um grupo de trabalho da USP, que busca identificar o que está sendo pesquisado sobre juventude nas teses e dissertações nas áreas de educação, ciências sociais e serviço social.
Do total das 1528 teses e dissertações analisadas, somente 6% abordaram a temática da juventude. A maioria das pesquisas fez a abordagem dos/as jovens do meio urbano(capitais e regiões metropolitanas), com carência de informações sobre a juventude do meio rural.
Um dos problemas para a falta de pesquisas sobre juventude no meio rural é causado pela falta de apoio e de financiamento para os/as jovens pesquisadores/as, que praticamente bancam seus projetos sozinhos/as.
Outros temas como a mídia também não são recorrentes nestas teses e dissertações. Para Spósito, construir um banco de teses e dissertações – síntese provisória – é muito importante para a sistematização do que já foi feito.
“Existe mesmo um campo de estudo em juventude em formação. Também temos que lembrar que tem gente que faz pouco neste campo de pesquisa, mas faz bem. Por isso é importante pensar nos modos de circulação do conhecimento para que os mesmos sejam intensificados...”, afirmou.
Ao final da fala de Marília Spósito, a coordenação do JUBRA III encerrou o evento levantando os seguintes pontos:
Provavelmente o JUBRA IV acontecerá em Minas Gerais, na PUC Minas;
Será construída uma rede para a troca de informações sobre juventude;
Possivelmente serão realizados eventos preparatórios para o JUBRA em níveis regionais.
O JUBRA III fará uma moção de repúdio contra a redução da idade penal
Será feita uma moção para realizar um mapeamento das demais áreas do conhecimento visando inserir a temática da juventude nas mesmas.
Texto: Gardene Leão de Castro Mendes Fotos: Aurisberg Matutino, Ceila Rodrigues, Erick Correa e Gardene LeãoIntegrantes do Virajovem Goiânia
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